Era uma
vez em uma aldeia que se chama KAKE-MWÈKA, no sul do Gabão , tinha uma pessoa
com deficiência física, mas muito inteligente. Mudjibili era o nome dele. Ele
tinha deficiência nas pernas, que estavam paralisadas.
Là na Kake-Mekwa, as pessoas tinham várias
problemas para falar corretamente. Quer dizer, eles podiam afirmar coisas
diferentes do que elas queriam dizer realmente. Todavia Mudjibili era um tipo de pessoa
que faz sempre o que lhe é dito.
Uma vez, por exemplo, uma mulher de Kake-Mekwa
queria ir para o campo de mandioca, mas não tinha ninguém com quem deixar o seu
bebê. Felizmente, Mudjibili ficava sempre na aldeia, quando outras as pessoas
iam para os campos. E assim que pediu se ela podia guardar o bebê dela enquanto
ela ia para o campo, o deficiente aceitou. No entanto na hora de ir para o
campo de mandioca, a mulher tinha dado algumas dicas para o seu “baby sitter”
provisório. Ela dissera o seguinte: “Mudjibili, para não ter fome na minha
ausência, eu gostaria que você pegasse essa comida, que você a cozinhasse e
comesse-a com o bebê”. Mudjibili muito
espantado que ele ficou , perguntou que ela repetisse o que tinha dito. Comer a
comida com bebê? A mulher reiterou a dica. Em seguida o Mudjibili perguntou:
-- Mulher você ama o seu filho
-- “Claro que sim. Por quê? É por isso que estou pedindo
isso a você” exclamou a mulher.
Assim o Mudjibili fez o que a moça
tinha lhe pedido: ele cozinhou tudo e
comeu com o bebê.
De volta do campo, a mulher começou a agradecer o homem, que lhe disse
que não precisava, que o prazer foi toda seu e que deveria ser ele que devia
agradecê-la. Após os agradecimentos, ela perguntou:
--Cadê meu querido bebezinho?
--Na minha barriga, respondeu o
Mudjibili
A moça se estourou de rir, acreditando que
fosse uma piada e disse:
--Como assim, na sua barriga? Devolve-me
o bebê, quero ir a casa lavá-lo.
-- Impossível, foi você que pediu
que eu o comesse com a comida, não é? Eu fiz isso!
-- “O quê? Mbuku mam锺 Gritou a
mulher, entendendo melhor o que tinha acontecido com a criança.
Quando ela descobriu a situação, ela se jogou no chão chorando e
xingando o homem de assassino. “você matou e comeu meu filho”, ela
repetia. E as pessoas começaram acorrer,
chamadas pelos gritos da moça desesperada. Mas era tarde demais Mudjibili já se
escapara com o auxílio de uma força que ninguém imaginava.
Dizem que o mesmo Mudjibili viveu
e continuou vivendo histórias semelhantes àquela, por causa do seu entendimento
literal do mundo.
Essa lenda me foi contada pelo meu
pai, que lhe foi contada pelo o pai dele que a tinha recebida pelo pai dele
também.
º: expressão da língua “punu” que
as pessoas usam quando se espantam (ou antes, de chorar )
Lenda
escrita por Grace-Tsangou MOUTSI-NA
MAGANGA & Glen-Chancy ELLA MEBIAME
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